sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Programa da Educação Inclusiva de Rio das Ostras leva surdos ao Parque dos Pássaros


Curso de Português e Ciências para Surdos oferece aulas na Casa da Educação e passeios a espaços públicos da cidade

Um grupo de pessoas com deficiência auditiva participa do curso de Português e Ciências para Surdos ministrado na Casa da Educação de Rio das Ostras. Além de receber o conteúdo em sala de aula, os cursistas também fazem excursões a lugares públicos da cidade, que complementam o aprendizado. O encerramente deste semestre foi com um passeio ao Parque dos Pássaros, realizado no dia 29 de junho. A iniciativa é um dos programas de Educação Inclusiva no município.
Maria Beatriz de Jesus Araújo, aluna do 7ºano na Escola Estadual Municipalizada Fazendas Reunidas Atlântica, que morava em Aperibé, diz que antes se sentia triste no colégio. “Em Rio das Ostras fiz novas amizades e gosto muito das aulas de Português e Ciências para surdos”, explicou na Língua Brasileira de Sinais (Libras), sendo traduzida pela professora Adeisa Lopes.
Não são apenas estudantes que participam do curso e Marcos Mendes, que veio do Rio de Janeiro, pediu para ingressar no grupo. “Fico emocionado em ver tantos surdos aprendendo juntos e recebendo também informações sobre como cuidar da natureza e preservar o futuro do planeta”, afirmou em Libras.
Professora de Libras da rede municipal de ensino, Adeisa Lopes conta que o curso é muito valorizado pelos surdos. Os passeios realizados têm o objetivo de complementar o aprenzidado e são sempre muito concorridos.
“Depois da aula sobre o uso do dicionário, levamos o grupo à Biblioteca Pública da cidade. Agora, após falarmos de meio ambiente, coleta seletiva e ministrarmos oficinas de papel reciclado e sabão feito com óleo, realizamos essa visita ao Parque dos Pássaros”, contou.
A professora fala que o curso é muito importante também para integrar e aumentar a auto-estima dos deficientes auditivos. “Em nossas aulas eles têm a oportunidade de ampliar os seus horizontes nessas duas áreas, Português e Ciências. Como Libras é a primeira língua dos surdos, costumam ter dificuldade com a gramática e tentamos sanar esse problema”, informou.

A ciência vista pelo surdo. Palestra com pesquisadora do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ integra o programa do Instituto de Física da USP de Sã


A palestra “A ciência vista pelo surdo”, com Vivian Mary Rumjanek, professora do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será realizada no dia 16 de agosto, a partir das 19 horas, no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP).

O encontro faz parte do programa Ciência às 19 horas, promovido pelo IFSC-USP com o objetivo realizar palestras mensais de divulgação científica dirigidas ao público geral.Rumjanek é formada em ciências biológicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), com mestrado e doutorado pela University of London.
Atualmente, é professora titular da UFRJ onde, desde 2005, participa do projeto de pesquisa “Ensino de ciências para alunos surdos”.

As palestras ocorrem sempre em uma terça-feira de cada mês, às 19 horas, no Auditório do IFSC no Campus I da USP - São Carlos.

DEPOIS DE 25 ANOS DE TRABALHO, AUDIOTECA SAL E LUZ ENCERRA ATIVIDADES


Em função da não renovação da parceria da Audioteca Sal e Luz com a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do desinteresse por parte dos governantes, no dia 30 de junho de 2011, a AUDIOTECA SAL & LUZ ESTARÁ ENCERRANDO SUAS ATIVIDADES.
Para quem não conhece a instituição, nós gravamos em cds, livros para deficientes visuais, possibilitando àqueles que não enxergam desfrutar de educação, cultura e entretenimento. Todas as gravações e empréstimos dos audiolivros são feitas de forma gratuita. Atendemos a todo o Brasil há 25 anos.
Infelizmente, toda a equipe vem tentando desde o último ano (2010) encontrar parceiros, doadores, cúmplices na nossa luta, porém esse apoio tem ocorrido de forma isolada, por parte de algumas pessoas que acreditam no nosso trabalho e a quem somos eternamente gratos.
Tivemos um apoio grande por parte da mídia, e por isso venho também agradecer a todos os jornalistas que se interessaram pela causa e demonstraram, através do seu trabalho, um pouco do nosso e das nossas dificuldades. No entanto, até agora, continuamos dependendo de doações voluntárias e isoladas o que, infelizmente, não está sendo suficiente para darmos continuidade a um trabalho de qualidade. Tendemos a acreditar que a questão da acessibilidade ainda não interessa a muitas pessoas. Talvez um dia (quem sabe?), nossos governantes olhem em volta e vejam a grande quantidade de vidas que são menosprezadas e criadas sem a menor estrutura que os atenda dignamente.
Até o dia 30, a equipe estará atendendo e informando sobre o encerramento através do telefone 2233-8007 ou na rua 1° de março, 125 - sala 701, Centro, Rio de Janeiro, CEP 20010-000. Após esta data, o único meio de entrarem em contato conosco será pelo e-mail audioteca@audioteca.org.br
Continuaremos o trabalho de captação de recursos junto a empresas particulares e órgãos do Governo, pois ainda temos esperança de que até o final do ano vigente (2011) possamos conseguir algum meio de retomarmos as atividades.
Se você que está lendo esse e-mail se interessar em nos ajudar, peço que entre em contato conosco ou deposite a sua contribuição na c/c 37.593-3, agência 0313 do Banco Itaú ou na c/c 130007618, agência 3399 do Banco Santander. Temos até o final do ano para captar recursos e retomarmos nossa luta. E você poderá ser um pouco dos olhos que não veem.
Gostaríamos de agradecer especialmente a todos aqueles que ajudam e acreditam no nosso trabalho. Vocês são os responsáveis pela nossa força para continuar batalhando pelos deficientes visuais de todo o Brasil.


Fonte: mensagem recebida da Equipe da Audioteca Sal e Luz

"Assim Vivemos" - 5º Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência


Com uma programação de filmes que ultrapassam barreiras, desmontam preconceitos, fazem pensar e divertem, dando novas perspectivas à questão da deficiência, o Festival Assim Vivemos tem se constituído na maior celebração da inclusão cultural do Brasil. Nele, as pessoas com deficiência são as protagonistas, tanto nos filmes quanto no público.

 "Assim Vivemos" - 5º Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência

Imagem desfocada de bonequinhos de papel recortados de mãos dadas, na cor laranja, sobre fundo verde limão.

Para que isso se tornasse realidade, desde sua primeira edição, o Assim Vivemos traz todas as acessibilidades (audiodescrição, catálogos em Braille, legendas Closed Caption, interpretação em LIBRAS nos debates e salas de cinema acessíveis a cadeirantes).

Em duas semanas, serão exibidos 28 filmes de 12 países, revelando universos singulares quanto o de crianças de Myanmar (ex-Birmânia) e o de mulheres cadeirantes de Moçambique. Como já é tradicional, serão realizados quatro debates sobre temas específicos, congregando pessoas com deficiência, profissionais especializados, professores universitários, diretores de
cinema, entre outros.

Alguns destaques desta edição: Incluindo Samuel, dos Estados Unidos, e Incluir Também se Aprende, do Brasil, filmes que colocam em foco a educação inclusiva. Quando Brilha um Raio de Luz, do Irã, que mostra a bela relação de companheirismo entre duas irmãs. Downtown, da Polônia, que acompanha a realização de um ensaio fotográfico com jovens com síndrome de Down. O Tempo de Suas Vidas, do Reino Unido, que coloca em perspectiva as questões da terceira idade. E muito mais: filmes da Rússia, Canadá, Noruega, Irlanda, Suíça, numa programação que compõe um impressionante painel multicultural.

Todas as sessões terão ENTRADA FRANCA.

16 a 28 de agosto – CCBB Rio de Janeiro*

13 a 25 de setembro – CCBB Brasília

5 a 16 de outubro – CCBB São Paulo

*No Rio de Janeiro, sessões também no SESC Ramos e no SESC Madureira.